Com o tema As conexões que transformam o agro, o painel mediado pelo diretor de TI e Inovação do Banrisul, Jorge Krug, na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, debateu temas ligados à gestão de dados, sustentabilidade e mão de obra. Participaram das discussões outros três CIOs de grandes empresas ligadas ao agronegócio.
Krug fez referência ao novo conceito do Banco, Nossa conexão transforma, que, segundo ele, define muito bem a relação do agronegócio gaúcho com as novas tecnologias. “O Estado produz alimento, exporta alimento, importa insumo, produz máquina, exporta máquina. Essa é uma cadeia que envolve todo um processo com suporte na tecnologia”, observou.
Segundo o diretor, o Banco está investindo cada vez mais em inovação, como o BanriHub e o Banritech, que neste ano entra no terceiro ciclo de aceleração de startups. “Temos uma ação muito forte no Instituto Caldeira, onde somos um dos fundadores e também no hub de inovação da Tecnopuc, com uma iniciativa em inteligência artificial”, acrescentou.
Sobre a importância da gestão de dados, um dos assuntos discutidos no painel, a gerente de TI da Kepler Weber, Adilce Keller, disse que, para a empresa, é uma área essencial para tomada de decisão. “Entendemos que dados são o alicerce do agronegócio, assim como a base para tomada de decisão. Nesse sentido, estamos com algumas iniciativas internas com foco na necessidade dos nossos clientes”, comentou.
O gerente de TI da Cooperativa Santa Clara, Daniel Misturini, falou sobre a relevância de aliar a sustentabilidade às novas tecnologias. Ele contou que a cooperativa está envolvida em várias ações relacionadas ao tema, como a compra de energias renováveis; a construção de 13 usinas de energia fotovoltaica; a utilização de florestas plantadas para fornecer a lenha utilizada nas caldeiras das indústrias; e projetos sociais para funcionários e associados para melhorar a mão de obra na gestão da propriedade, entre outras ações. “O nosso objetivo é fazer com que o produtor tenha uma rentabilidade maior para evitar a evasão dos produtores das propriedades”, falou.
A falta de mão de obra qualificada no campo, um dos maiores problemas nas propriedades, também foi discutida durante o painel. O gerente de TI da Cotrijal, Luiz Felipe Lopes, contou que, para preparar profissionais qualificados, a cooperativa criou um programa de jovens aprendizes. “Eu acho que a gente tem um apagão grande. Hoje, muitos sucessores deixam o campo para estudar e retornam para fazer a sucessão do negócio com seus pais, trazendo muita bagagem de tecnologia. Cada vez mais a especialização no campo é necessária diante da crescente tecnologia das máquinas”, frisou.
Para o CIO, o caminho é preparar pessoas para trabalhar com tecnologia avançada, como estações meteorológicas, inteligência artificial, máquinas não tripuladas e drones. “É um novo mundo que surge e o agro é cada vez mais tecno“, ressaltou Lopes.
Legenda da imagem: O diretor de TI e Inovação do Banrisul, Jorge Krug, no painel As conexões que transformam o agro, na Arena Agrodigital da Expodireto. Foto: Tiago Pereira.
Assessoria de Imprensa Banrisul